O empresário bolsonarista Alessander Lenzi, ex-campeão mundial de jet ski, foi alvo de uma operação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) nesta sexta-feira (28/1), suspeito de não ter declarado R$ 9,1 milhões de imposto de renda entre 2002 e 2006. A mansão de Lenzi em Balneário Piçarras (SC) foi alvo de apreensão de bens, incluindo carros de luxo e joias.
Segundo a PGFN, Lenzi faz uma “blindagem patrimonial” e “omissão de renda” para não declarar impostos ou pagar dívidas ao governo federal. Para isso, de acordo com as investigações, o empresário movimenta dinheiro por meio de laranjas.
Em 2019, Lenzi declarou apenas R$ 43,7 mil no imposto de renda. No ano seguinte, R$ 43,8 mil. Contudo, nas redes sociais ele aparece em carros de luxo, helicóptero e avião, em situações pessoais e profissionais.
Em 2020, a companheira de Lenzi, Ingrid Lenzi, não declarou rendimentos à Receita Federal, mas movimentou R$ 691 mil, o que chamou a atenção da PGFN. Outra pessoa suspeita de ser laranja de Lenzi é o empresário brasiliense Carlos Alberto Taurisano, sócio de empresas do grupo Disbrave, e o empresário esloveno Roman Kastigar.
Alessander Lenzi foi à Avenida Paulista no último 7 de Setembro, quando Jair Bolsonaro fez falas de teor golpista. No início dos anos 2000, Lenzi foi campeão mundial de jet ski e posou para a extinta revista G Magazine, de nudez masculina. Ele é pai da modelo Gabriella Lenzi, que teve um relacionamento com o jogador Neymar em 2014.